A dermatite seborreica é uma inflamação das camadas superficiais da pele que provoca escamas no couro cabeludo, na cara e, ocasionalmente, noutras zonas. As erupções cutâneas características da doença ocorrem predominantemente nas áreas de maior produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas. Pode afetar vários membros da mesma família e o clima frio costuma piorá-la, sendo por isso o tema de hoje.
A causa da dermatite seborreica é desconhecida mas a oleosidade excessiva e um fungo (Pityrosporum ovale) presente na pele afetada estão envolvidos no processo. Pensa-se também que pode existir uma predisposição genética. A maior atividade das glândulas sebáceas ocorre sob a ação das hormonas androgénicas, por isso, o início dos sintomas ocorre geralmente após a puberdade. Nos recém-nascidos também podem ocorrer manifestações da doença, devido ao androgénio materno ainda presente.
O problema manifesta-se, na maioria dos casos, de forma espontânea, embora de carácter crónica, com tendência a períodos de melhora e de piora. De qualquer modo, existem vários fatores, como o stress, o cansaço físico, as alterações climatéricas e as infeções cutâneas, que desencadeiam episódios com alguma frequência.
As manifestações mais frequentes ocorrem no couro cabeludo e são caracterizadas por intensa produção de oleosidade (seborreia), descamação (caspa) e prurido (comichão). A caspa pode variar desde fina descamação até a formação de grandes crostas aderentes ao couro cabeludo. A comichão, que pode ser intensa, é um sintoma frequente nesta região e também pode estar presente com menor intensidade nas outras localizações.
Uma vez que se trata de uma condição crónica, não existe medicação que acabe definitivamente com a dermatite seborreica. Porém os seus sintomas podem ser controlados.
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Artur Pinhão
Novembro 2020